Para falar sobre o assunto, o Terra TV conversou com Francisco Le Voci, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que analisou os novos dados divulgados pelo estudo, nesta terça-feira (6). Segundo ele, esta diminuição da libido poderia estar associada à finasterida, um componente presente em remédios contra a calvície. "A finasterida já era reconhecida como um agente que provocava o aumento benigno da próstata. Há cerca de 15 anos, descobriu-se que ela agia também no crescimento dos cabelos. A finasterida acaba agindo sobre a enzima 5-alfa-redutase, que é responsável pela transformação do hormônio masculino (testosterona) em dihidrotestosterona (DHT)", disse o especialista.

Como a finasterida não age diretamente sobre a testosterona, a análise dela sobre o organismo precisa ser feita de maneira mais aprofundada e em longo prazo. "A finasterida tem uma ação muito discreta sobre o hormônio e não existem estudos conclusivos em longo prazo que comprovem isso", analisou o médico.
Apesar de não acreditar que o remédio seja o único causador das disfunções sexuais, Francisco Le Voci acredita que, se for comprovada a relação do medicamento com os problemas, logo ele seria substituído por outra alternativa. "Se for comprovado o efeito da finasterida, outras opções deverão ser procuradas. Hoje, o tratamento com os remédios que possuem este composto é a melhor opção para homens de 18 a 40 anos, que utilizam a finasterida geralmente com uma loção a base de minoxidil", falou.
É importante lembrar que os estudos sobre a associação do uso da finasterida ainda não foram conclusivos e que o medicamento está liberado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, e seu comércio também é permitido no Brasil.
Fonte: Saúde - Terra
Por, Aline Medeiros
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