Uma britadeira faz barulho o suficiente para tirar qualquer um do sério, mas o que muita gente não sabe é que às vezes o efeito sonoro causado pelo volume de um iPod pode ultrapassar os decibéis de um canteiro de obras. É o que indica um estudo divulgado pelo jornal Daily Mail, encomendado com o objetivo de alertar as pessoas sobre a proteção auricular.
A pesquisa mostrou que um a cada dez ingleses frequentemente coloca o volume do seu MP3 mais alto do que o som de uma britadeira. Além disso, os resultados mostram que em alguns casos o efeito pode ser mais ensurdecedor do que o som causado por um avião decolando, um trem passando por uma estação, um insistente alarme de carro ou até mesmo crianças gritando.
O estudo também comprovou que boa parte da população está desinformada sobre o problema, sendo que nove entre dez pessoas ouvidas disseram desconhecer qual é o volume seguro para a audição. Cerca de um em cinco pessoas afirmaram também que sentem ruídos no ouvido após ouvir música muito alta.
Peter Worthington, diretor da Companhia de Audição - que encomendou a o pesquisa - explica que os danos começam quando os ouvidos são expostos a ruídos mais altos que 85 decibeis, em períodos prolongados.
Ele mostra que, uma britadeira, por exemplo, pode chegar até 110 decibéis, o que significa que milhares de britânicos estão ouvindo suas músicas em um volume quase 40% mais alto do que o considerado naturalmente saudável. Segundo ele, essa é uma estatística chocante.
O estudo, feito com dois mil adultos, mostrou que uma em cada vinte pessoas ouve música no volume mais alto possível e 43% da amostra afirmaram não estar preocupados com os danos que isso pode acarretar.
Além dos perigos com relação à saúde, a pesquisa mostra que a música alta pode causar transtornos no trânsito. Uma em cinco pessoas ouve música alta no carro, sendo que uma em vinte já quase se envolveram em acidentes por estarem distraídos com o som. Worthington ressalta que fazer testes regulares de audição são tão importantes quanto ir ao dentista ou ao oftalmologista.
Fonte: Saúde Terra
Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br
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