quinta-feira, 26 de maio de 2011

Santo remédio? Um é pouco, dois é bom, toda semana é demais.

[Parte 3/3]

Veja aqui a parte 1

Veja aqui a parte 2

Desentupidores nasais

Em função da poluição e alergias, muitas pessoas ficam com o nariz entupido e, para isso, usam desentupidores nasais. Segundo as fontes consultadas, o uso frequente pode viciar o paciente e, pior, tornar o entupimento definitivo.

"Os medicamentos levam a pessoa a ter que usar doses cada vez maiores e, com isso, ela pode ter um aumento da pressão arterial ou uma rinite medicamentosa", explica o Dr. Pedro Genta.

Entre as reações mais comuns, também estão irritações passageiras, que ocasionam queimação, ardência e espirros. O CRF-SP indica atenção especial aos diabéticos, que, a partir do uso de medicação que contém em sua composição a nafazolina, podem ter o valor da glicemia elevado.

Remédios para dor de estômago

Pior do que sair tomando qualquer coisa que alivie a dor no estômago é "adotar" um remédio sem saber sua composição e tomá-lo com frequência, ao primeiro sinal de dor. Segundo o Dr. Paulo Olzon, é muito comum as pessoas usarem remédios que amenizam o sintoma rapidamente, sem se preocupar com os efeitos a longo prazo: "Normalmente, as pessoas seguem um mito que diz que dor no estômago é fígado, então acabam usando remédios que contém alumínio, que é um metal pesado e pode ser absorvido e se alojar no cérebro e em outros órgãos."

Segundo o Dr. Pedro Genta, os remédios mais usados neste sentido são os à base de ranitidina, que, a longo prazo, não oferecem muito risco. No entanto, os que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico merecem atenção, pois são nocivos ao estômago.

Consultório médico – Recomendações gerais

As recomendações médicas mais comuns são aquelas frases que todo mundo já cansou de ouvir, mas, no dia a dia, são bem difíceis de colocar em prática. Com a correria do cotidiano, dificuldade para marcar consultas, consultórios lotados e outros problemas relacionados à vida moderna, fica difícil resistir à caixinha de primeiros socorros mais próxima.

Com isso, as pessoas elegem algumas medicações tidas como confiáveis, sem se preocupar com os danos a longo prazo. Segundo o Dr. Paulo Olzon, "as pessoas estão muito mimadas". "Qualquer problema que você sente tem alguma coisa para cuidar, o que favorece muito a indústria farmacêutica."

De um modo geral, os especialistas entrevistados são contra o uso de remédios de forma contínua, desregrada e sem orientação. "Um medicamento, mesmo que isento de prescrição, como é o caso dos analgésicos, deve ser consumido sempre com orientação do farmacêutico. Utilizar um medicamento por conta própria e sem orientação de um profissional de saúde habilitado pode agravar o estado de saúde do indivíduo, ocasionar reações adversas e mascarar ou agravar uma doença", indica o CRF-SP.

Na persistência de algum sintoma, o ideal é sempre procurar um médico ou farmacêutico, que têm a capacidade técnica de administrar o tipo e dose de remédio adequado a cada tipo de problema, além de alertar o paciente sobre reações adversas, efeitos colaterais e tempo de uso necessário.

Se o profissional não der essa informação, pergunte. Ao contrário das medicações, o excesso de informação não mata ninguém.


Fonte: Saúde Terra

Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

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