Caminhada contra a asma
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) revelou benefícios surpreendentes das atividades físicas para os pacientes que sofrem de asmhttp://www.blogger.com/img/blank.gifa.
"Os resultados do estudo mostram que os pacientes que realizaram atividade física tiveram uma redução de 66% nos sintomas de asma quando o exercício foi praticado de forma moderada e isso mostra que o exercício físico pode ser um aliado no controle da doença", revela o pesquisador Felipe Augusto Rodrigues Mendes.
"Somos o oitavo país com o maior número de ocorrências de asma no mundo. As causas dessa inflamação nos pulmões estão associadas a fatores genéticos e ambientais," conta Mendes.
Sintomas da asma
O trabalho de Mendes analisou 101 pessoas com idade média de 35 anos. "Setenta por cento eram mulheres, mas isso é uma característica da doença. Quando o indivíduo é jovem, a asma é predominante em meninos, em adultos ocorre o inverso", explicou Carvalho.
Mendes e seus colegas dividiram os participantes em dois grupos: um que não fazia exercício físico e outro que praticava exercícios aeróbicos duas vezes por semana, como a caminhada.
Após três meses de treinamento físico de intensidade moderada a intensa e medicação controlada, o grupo observou uma melhora significativa não só nos sintomas da asma, como na qualidade de vida pacientes.
De acordo com Carvalho, os pacientes que apresentavam sintomas a cada dois dias, totalizando 15 dias com sintomas por mês, passaram a ter entre um e dois dias de sintomas da doença por semana, somando seis no mês.
Melhor qualidade de vida
Outra boa notícia foi a melhora no convívio social. Com a asma controlada e a capacidade de realização das atividades diárias, os cientistas observaram que a prática de exercícios reduziu significativamente o quadro de depressão e ansiedade nos pacientes.
"Devido ao fato de os pacientes não saberem quando ocorrerá a próxima crise, os pacientes asmáticos são mais ansiosos e depressivos do que a população sem asma", afirmou Mendes.
Segundo ele, o próximo passo é tentar descobrir o mecanismo de ação da atividade aeróbica na redução da inflamação pulmonar.
De acordo com o professor Celso Fernandes de Carvalho, coautor do trabalho, o paciente asmático é mais ansioso e deprimido, abandonando o uso da medicação prescrita pelo médico mais facilmente. "Ele é o que mais custa para o Sistema Único de Saúde", disse.
Um artigo científico descrevendo o trabalho foi publicado na revista Chest.
Fonte: Diário da saúde
Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br
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