quarta-feira, 27 de abril de 2011

Derrubamos os mitos da gripe 2011

Vacinação começou nesta segunda-feira em todo o País. Entenda a doença e saiba como se proteger



A epidemia do H1N1 está contida e o vírus não circula mais no Brasil
Mito: A vacinação contra a gripe no ano passado foi focada em conter o vírus novo. Ele não foi eliminado, apenas passou a ser conhecido. A imunização é anual e recomendada a toda população, independentemente da cobertura pública de vacinação (realizada em 2010), pontua Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm). O H1N1– primeiramente conhecido como gripe suína – é o vírus influenza do tipo A. Extremamente mutável, a cada década (em média) ele dá origem a um novo subtipo de gripe – as gripes espanhola e suína são dois exemplos.

A vacinação protege somente do vírus H1N1
Mito: Diferente de 2010, a vacinação deste ano é trivalente, ou seja, protege dos três possíveis tipos de vírus que devem circular no Brasil. H1N1, tipo B e H3N2.

Os adultos são mais fortes e não precisam se vacinar
Mito: Embora os efeitos e a mortalidade seja baixa, a população adulta é um dos principais vetores de transmissão do vírus da gripe na sociedade. Além disso, a doença pode ganhar complicações maiores em qualquer idade. Para adultos dentro do grupo de risco, o governo oferece cobertura. Os demais devem procurar a vacina em clínicas particulares. No site da Associação Brasileira de Imunização é possível encontrar as clínicas credenciadas por estado e região. Segundo pesquisa do iG Saúde, o preço da vacinação sofre variação conforme a fabricante e a clínica. Algumas oferecem o produto aplicado com agulhas mais finas (uma vacina supostamente menos dolorida) – valor desta dose pode custar até 80 reais. Nas clínicas consultadas pela reportagem na Bahia, em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Espirito Santo e na Amazônia, o preço pode oscilar entre 60 e 80 reais.

Quem toma vacina pode ter outras doenças
Mito: Os adultos muitas vezes resistem a tomar qualquer vacina por medo de adoecer. Às vezes, as vacinas podem causar eventos adversos – como dor e vermelhidão no local da aplicação. Essas reações são brandas e desaparecem rapidamente. "O importante é ressaltar que as milhares de doses de vacinas administradas até hoje trouxeram maior benefício à saúde da população", defende Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizção (SBIm).

A vacina da gripe provoca a gripe
Mito: a vacina da gripe é produzida com vírus inativados (mortos) e fragmentados, o que a impede de provocar a doença.

A vacina da gripe é só para idosos
Mito: Como a vacina da gripe, até 2009, foi exclusiva para idosos, muita gente pensa que ela só é indicada para maiores de 60 anos. Desde o ano passado, o Controle de Prevenção de Doenças (CDC) preconiza a vacinação contra a gripe para todas as pessoas acima de seis meses de idade. A campanha do Ministério da Saúde, que começa nesta segunda-feira, incluirá idosos, profissionais de saúde, gestantes, grupo de risco – pessoas com problemas cardíacos, diabetes, imunodeprimidos e obesos – e crianças entre seis a 24 meses. Crianças menores de oito anos devem tomar duas doses da vacina trivalente (protege contra os três vírus) nas redes privadas.

Gripe e resfriado são a mesma doença

Mito: A gripe e o resfriado são doenças diferentes e apenas para a gripe existe vacina. A gripe começa de forma súbita e, geralmente, causa febre, mal-estar, dores musculares, dor de cabeça e tosse. Pode também ganhar complicações, desencadeando pneumonia e sinusite.

Quem tomou a vacina contra a H1N1 ano passado está imune da gripe
Mito: A vacina demora 14 dias para fazer efeito, e as pessoas podem se contaminar nesse interavalo de tempo. Isso não significa que foi a vacina quem provocou a doença. A vacina oferece proteção por no máximo um ano, e deve ser tomada todos os anos.

Quem teve um dos tipos de vírus da gripe não será contaminado pelos demais

Mito: A contaminação não é excludente. Pacientes diagnosticados com uma espécie de vírus não estarão protegidos de uma contaminação futura por um dos outros dos tipos, explica Nancy Ballei, professora, diretora e coordenadora do Setor de Viroses Respiratórias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte: IG

Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

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