sábado, 10 de setembro de 2011

Correr de costas treina o cérebro e protege as articulações

A marcha reversiva trabalha lateralidade, equilíbrio, coordenação, ritmo e reduz o impacto sobre as articulações

Em alguns esportes como futebol, vôlei, basquete, em certos momentos os atletas são obrigados a recuar, andando e até fazendo pequenas corridas de costas, para dificultar o avanço do adversário ou para dominar uma bola. Mas andar ou correr de costas continuamente é outra história. Ou melhor, outra modalidade.

A atividade existe – inclusive são realizadas competições do gênero no mundo todo – e leva o nome de marcha reversiva (MR), prometendo benefícios como melhora da capacidade física e manutenção da saúde. Esse tipo de corrida começou a ser praticado na China como filosofia, mas foi nos Estados Unidos que ganhou status de esporte.

“Experimente reconstruir sua maneira de ver o mundo: nós não andamos para trás e sim andamos para frente, de costas”, defende o professor de educação física e fisiologista do exercício Pablo Galletto, especialista em MR no Brasil.

Segundo ele, a atividade usa procedimentos para quebrar padrões psíquicos e corporais. “A marcha reversiva propicia novos estímulos, faz uma 'bagunça cerebral', forçando todas as estruturas a se reorganizarem e evoluírem”, diz Galletto.

Com essa “revolução no cérebro”, ocorre melhora de psicomotricidade, propriocepção, ritmo, consciência espacial, lateralidade, equilíbrio e coordenação, entre outras coisas.

“Essas qualidades também podem impulsionar o indivíduo a ter uma visão diferente do ambiente, de seu próprio corpo e de suas possibilidades”.

Por ser uma atividade aeróbica, ainda ajuda na melhora da capacidade cardiopulmonar, aumenta o condicionamento e a queima calórica.

“Uma recente pesquisa apresentada no congresso anual do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) testou a MR na recuperação de lesões de joelhos. O trabalho mostrou que aqueles que utilizavam bicicletas ergométricas e aparelho elíptico (também chamado transport) pedalando para trás alcançavam melhores condições cardiovasculares e recuperação mais rápida de lesões, quando comparados a indivíduos que faziam o movimento normal, para frente”, conta Galletto.

Assim como qualquer outra atividade física, a marcha reversiva requer orientação de um profissional. O ideal é fazer um treinamento individualizado, com três sessões semanais de cerca de 40 minutos cada. Para quem quer se iniciar na prática, Galletto recomenda o seguinte esquema:

1ª e 2ª semanas
- Três treinos por semana, de 40 minutos cada, em dias alternados
- Antes de começar, alongue membros inferiores, costas, ombro e pescoço
- Faça exercícios educativos: caminhe e saltite lateralmente; ande elevando o joelho na altura do quadril; ande nas pontas dos pés e nos calcanhares
- Intercale 5 minutos de corrida leve com 1 a 2 minutos de marcha reversiva (MR), tomando cuidado para não cair na hora da inversão
- Finalize com alongamento

3ª e 4ª semanas
- Três treinos por semana, de 40 minutos cada, em dias alternados
- Antes de começar, alongue membros inferiores, costas, ombro e pescoço
- Faça exercícios educativos: caminhe e saltite lateralmente; ande elevando o joelho na altura do quadril; ande nas pontas dos pés e nos calcanhares
- Vá evoluindo de acordo com adaptação do corpo, intercalando 5 minutos de corrida leve com 3 minutos de MR; 5 minutos de corrida leve com 4 minutos de MR; até chegar a 5 minutos de corrida leve com 5 minutos de MR
- Finalize com alongamento

Segurança

A falta de coordenação motora é uma das principais dificuldades que o corredor enfrenta no início. E vale ressaltar que a MR é vetada para pessoas que tenham labirintite, hérnia ou protrusão de disco ou qualquer outra patologia que impeça a atividade física.

Conheça outras modalidades diferentes:

Para a prática segura, já que você estará de costas, é preciso atenção. “Pratique em um local com bom calçamento. Ou na academia, utilizando a esteira e o elíptico, fazendo, por exemplo, três minutos para frente e um para trás”, aconselha Mauro Guiseline, professor da Faculdade de Educação Física da Uni-FMU e diretor técnico da Academia Runner.

“A modalidade traz benefícios musculares, acionando os músculos da parte de trás das pernas e fortalecendo os músculos da coxa, minimizando também o impacto nos joelhos. E ainda melhora equilíbrio e coordenação”, reforça Guiseline.

O treinador Pablo Galletto, que descobriu os benefícios da MR aos 16 anos, durante a reabilitação de um acidente de bicicleta, especializou-se na modalidade e agora faz mestrado em neuropsicologia para estudar melhor as reações da marcha reversiva em portadores de Doença de Alzheimer.


Fonte: Saúde IG

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Quem tem hábito de comer no cinema come até pipoca estragada


Comer pipoca no cinema pode ser mais do que apenas uma atividade social ou um prazer. De acordo com uma pesquisa da universidade de Southern California, quem associa um lugar com uma comida, como cinema e pipoca, tende a comer mesmo que o alimento não esteja próprio para o consumo. As informações são do Daily Mail.

Pesquisadores realizaram um teste levando pessoas ao cinema e entregando a elas sacos de pipoca fresquinha ou estragadas, sem indicar qual era o tipo. Quem não tinha costume de comer pipoca no cinema evitou as estragadas, mas quem tinha esse hábito comeu as pipocas novas e as velhas.

A pesquisadora Wendy Wood explicou ao site que isso indica que um hábito alimentar pode diminuir a percepção de gosto de um alimento, não importando se ele é bom o ruim. David Neal, também autor da pesquisa, diz que ao associar uma comida a um determinado ambiente nosso cérebro nos faz comer aquele alimento todas as vezes em que as características daquele ambiente forem apresentadas. Isso poderia explicar por que algumas pessoas não conseguem parar de comer.

Em outro estudo, os pesquisadores pediram para que os voluntários comessem com a mão não-dominante. Isso fez com que prestassem mais atenção ao que levavam à boca, e evitaram as pipocas velhas.

Wendy sugere que, para quem não consegue comer menos, uma dica é tentar comer com a outra mão, já que muitas vezes é difícil evitar os locais associados a certas comidas - e que podem ativar o cérebro a querer que você coma.


Fonte: Saúde Terra

O que é AVC?


Sinônimos: derrame, acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

Tipos de AVC

  • Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
  • Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.

Sintomas

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Tratamento

O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.

Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama.

A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital.

Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.

Prevenção

Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

Fonte: Ministério da Saúde e Terra.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Medicamento para tratar diabetes é contraindicado para emagrecer

Riscos à saúde da liraglutida vão de hipoglicemia e cefaleia a tontura e infecção do trato respiratório, alertam médicos

Sem suar a camisa e sem equilibrar a dieta não há como perder peso de forma saudável. Essa é a premissa básica das sociedades médicas internacionais. Mas sempre há quem queira pegar um atalho e emagrecer com fórmulas mágicas.

A “poção” da vez atende pelo nome de liraglutida (cujo nome comercial é Victoza), um medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2, que virou objeto de desejo para quem sonha perder quatro, seis, oito, 10 quilos sem fazer força.

Vale esclarecer que a droga usada para o tratamento do diabetes tipo 2 é eficiente. Funciona assim: no paciente diabético, a insulina produzida pelas células do pâncreas não é suficiente ou não age de modo adequado no organismo, provocando o aumento da quantidade de açúcar no sangue.

O remédio, além de auxiliar o controle glicêmico, proporciona outros benefícios combinados como perda de peso, redução na pressão arterial sistólica e melhora da função das células beta, responsáveis por sintetizar e secretar a insulina.

A liraglutida promove a perda de peso (média de 3 kg ao mês) pelo fato de retardar o esvaziamento gástrico e aumentar a sensação de saciedade após as refeições.

“Liraglutida é um análogo de GLP-1, hormônio natural produzido pelo intestino que colabora para o metabolismo normal da glicose como outros hormônios pancreáticos e gastrointestinais como a insulina, o glucagon, a amilina. O medicamento, indicado na bula para pacientes diabéticos do tipo 2, age no pâncreas estimulando a liberação de insulina apenas quando os níveis de açúcar no sangue estão altos”, explica Marcelo Freire, diretor médico do laboratório Novo Nordisk, que produz o Victoza.

Aplicada uma vez ao dia, por meio de uma caneta de injeção subcutânea, no horário mais conveniente para o paciente, proporciona comodidade ao paciente diabético, estimulando a adesão ao tratamento.

“O que não pode acontecer é a banalização do uso do medicamento. Não faz sentido prescrever a liraglutida com a finalidade de emagrecimento rápido. Vai contra tudo o que sempre pregamos, que é a manutenção da saúde por meio de atividade física regular e alimentação balanceada”, adverte o endocrinologista e médico do esporte Ronaldo Arkader, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

“Todo tratamento visando perda de peso envolve dieta e exercícios. Trabalhamos a adesão a hábitos saudáveis. Qualquer coisa além disso é acessório. Milagres não existem”, reforça o endocrinologista Ricardo Meirelles, presidente da Comissão de Comunicação Social na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Os especialistas advertem que todo remédio pode apresentar efeitos colaterais, mesmo para pacientes aos quais ele é indicado. Entre as reações que o liraglutida pode provocar, Arkader cita prisão de ventre, hipoglicemia, cefaleia, tontura, infecção do trato aéreo respiratório (rinite, sinusite), infecção do trato urinário, dor nLinkas costas, dor de estômago e inchaço ou vermelhidão no local da injeção.

Para perda de peso com finalidade estética – aqueles dois ou quatro incômodos quilinhos – a liraglutida é contraindicada. Mas há pesquisas em andamento com pacientes obesos (com IMC acima de 30) e não diabéticos.

“Esses estudos multicêntricos já foram citados pelo Lancet e Internacional Journal of Obesity, porém ainda não existe uma autorização para o uso do medicamento para emagrecimento. Ao final desses trabalhos, vamos avaliar os resultados, analisar os ricos e benefícios, e submetê-los às agências regulatórias do mundo todo”, diz Freire.

Fonte: Saúde IG

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Confira dicas para não sentir dor em cima do salto


Grande parte das mulheres adeptas do salto alto afirma sentir dores durante o uso desse tipo de calçado. Além das dores momentâneas, problemas nos pés, pernas e coluna começam a aparecer em longo prazo. A dra. Cíntia K. Bittar, especialista em cirurgia do pé e tornozelo do Instituto Wilson Mello, de Campinas, diz que se utilizados diariamente podem causar deformidades como calosidades, joanetes (hálux valgo), dedos em garra, unhas encravadas, síndromes compressivas (neuroma de Morton), inflamações dos tendões fraturas, dores nos joelhos e coluna, entre outros.

"Como se vê este tipo de calçado causa uma lista de problemas, devido uma sobrecarga na região anterior do pé e de um desequilíbrio do sistema neuromuscular do membro inferior", explica. Quando estes problemas estão instalados há duas possibilidades de tratamento: o conservador (não operatório) e o cirúrgico.

No caso da calosidade, se optar pelo método conservador, Mônica Santana, podóloga da rede Doctor Feet, diz que não há como diminuir o problema, mas sim como aliviar as dores. "Faço o desbastamento dos calos, lixo e elimino os resíduos, mas sempre indico que ela use protetores de silicone para aliviar a região", afirma.

Contudo, não há motivos para deixar o poder do salto de lado. Se você quer continuar em cima dele, clique na aba acima e confira algumas dicas de como prevenir a dor e usar seus sapatos conscientemente.

Escolha sapatos com a região do calcanhar alargada e alterne os tipos de salto. Prefira saltos com até três centímetros de altura. As plataformas são mais confortáveis e funcionais

Para escolher sapatos realmente confortáveis, eles devem ser comprados de preferência no fim do dia, pois ao longo dele, os pés costumam inchar

Experimentar os dois pés do calçado antes de adquiri-lo e também verificar se há um espaço de sobra de 0,5 a um centímetro da ponta ao fim do calcanhar


Nos dias em que irá fazer longas caminhadas, dar preferência aos tênis do tipo "corrida"

Fazer diariamente alongamento para as musculaturas da panturrilha e do pé ajuda a relaxar as regiões e evita o encurtamento

Evite meias de tecido sintético. Elas podem ajudar na proliferação de micoses entre os dedos e ressecamento da pele

Quando for ficar parada, o truque é colocar um pé na frente do outro



Utilize palmilhas e protetores de silicone para proteger os pés

Caso a dor persista, procurar um especialista. Prevenir é cuidar

Fonte: Saúde Terra