segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um novo método contraceptivo

A novidade consiste na colação de microimplantes nas trompas para interromper a fertilização. A técnica não precisa de cirurgia ou anestesia

Fabiana Cristofari Viero, 37 anos, tem dois filhos e decidiu não engravidar mais. Ela procurou o ginecologista e optou por fazer um tratamento ainda pouco utilizado: a colocação de um microimplante nas duas trompas para interromper o processo natural de fertilização. O procedimento durou 10 minutos e foi feito no consultório do médico.

– Antes de conhecer esse novo método, queria fazer a cirurgia de laqueadura, mas estava com receio de uma possível complicação e por ter que me afastar do trabalho durante vários dias – conta a empresária.

A novidade vem despertando o interesse tanto das pacientes quanto da classe médica. O ginecologista José Bento de Souza afirma que o novo método é mais prático e eficaz que a laqueadura cirúrgica.

Para o seu colega Jean Pierre Brasileiro, as vantagens em relação à colocação do microimplante sem necessidade de anestesia, internação hospitalar ou cortes são as mais importantes.

Mas essa maravilha tem um preço bem alto: o par de microimplantes custa em torno de R$ 9 mil. Alguns planos de saúde pagam parte do procedimento, mas ainda não é uma prática comum entre as seguradoras. Em Santa Catarina, a Lei nº 14.870 autoriza o SUS a oferecer a laqueadura sem cirurgia gratuitamente, mas ainda não incluiu o par de microimplantes.

PALAVRA DE ESPECIALISTA
- A menstruação sofrerá modificações depois da colocação do microimplante nas trompas?
O aparelho não contém hormônios, portanto, o organismo manterá o ciclo natural. Algumas mulheres que participaram de estudos clínicos relataram alterações temporárias na menstruação. Essas alterações possivelmente foram provocadas pela interrupção dos anticoncepcionais à base de hormônios.

- Há contraindicações? Quais são elas?
Mulheres grávidas, com infecção ativa vaginal e uterina e que não têm certeza se não querem mais ter filhos futuramente.

- Eles provocam menopausa?
Os microimplantes não provocam menopausa porque não interferem nos ciclos naturais do seu organismo.

- Quais são as desvantagens do procedimento?

Em caso de arrependimento, a minimola pode ser retirada por meio de uma cirurgia, mas, mesmo assim, a mulher só conseguirá engravidar por meio de técnicas da reprodução assistida. Outra desvantagem desse novo método contraceptivo é que, por ser uma novidade, o custo do procedimento ainda é alto e não está disponível na rede pública.

Fonte: Jean Pierre Brasileiro é ginecologista, especialista em reprodução humana e Diário Catarinense

Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dia Mundial de Combate à Hanseníase

O Dia Mundial de Combate à Hanseníase foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o último domingo de janeiro, neste ano será dia 30.

A Hanseníase foi muito conhecida por outro nome, lepra. Os leprosos sofriam muito preconceito, pois esta é uma doença transmissível. Então, no Dia Mundial de Combate a Hanseníase vamos fazer a nossa parte, começando por entender mais sobre essa doença, que se for tratada corretamente o paciente certamente ficará curado.

O que é Hanseníase?
A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.

A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.

A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.

Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.



Importante saber:


Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, se comprometendo a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.

Veja aqui os sintomas da Hanseníase e em caso de dúvida procure um atendimento de saúde o quanto antes. O segredo é descobrir a doença e começar o tratamento o quanto antes, só assim vamos conseguir eliminar essa doença do Brasil.

Veja mais sobre Hanseníase:
Hanseníase
Doenças da pele: Hanseníase
Dia Mundial de Combate à Hanseníase


Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

Seja você também um doador de medula óssea

As campanhas sobre doação de medula óssea aumentam a cada dia. Mas afinal, o que é a medula óssea? Como posso doar? Preciso ficar internado para fazer a doação? Enfim, são várias perguntas e algumas respostas você encontrará aqui:

O que é medula óssea?

A medula é um tecido líquido que fica dentro de alguns ossos e é a responsável por produzir componentes do sangue: glóbulos brancos (leucócitos) , globulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. As hemácias têm papel importantíssimo, são elas que levam o oxigênio dos pulmões para as demais células do nosso organismo. Os leucócitos são importantes para a nossa imunidade e as plaquetas fazem parte da coagulação do sangue.

Algumas doenças atingem a medula óssea e a produção desses componentes ficam diretamente prejudicados, com isso a doação de medula óssea é a solução, em alguns casos, e caso isso não ocorra a pessoa poderá ir ao óbito.
O transplante é indicado em doenças do sangue como a anemia aplástica grave e em alguns tipos de leucemias, como a leucemia mielóide aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfóide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode estar indicado.

Passo a passo para se tornar um doador:

• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

• Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

• Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

• Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!

• Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.



Como é feita a doação?


Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.

Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.

Fonte: INCA.


Ficou interessado? Veja mais sobre o assunto:
Perguntas e respostas sobre a doação de medula


Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Leptospirose. Um inimigo invisível.

Os reflexos das enchentes que destruíram diversas cidades no nosso país já estão aparecendo, entre eles vários casos suspeitos, alguns já confirmados, de leptospirose.
O nome é estranho, mas você sabe quais são os sintomas e como se cuidar para não pegar essa doença grave?

Então, vamos lá:

A leptospirose é uma doença bacteriana, que afeta humanos e animais, causada pela bactéria do gênero Leptospira. Em humanos a leptospirose causa vários sintomas, sendo que algumas pessoas infectadas podem não ter sintoma algum. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele. Se a leptospirose não for tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite e problemas respiratórios. Muitos desses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, de modo que a leptospirose é confirmada através de testes laboratoriais de sangue ou urina.

Contaminação
Contaminação por leptospirose geralmente é causada pela exposição à água contaminada com urina de animais infectados. Muitos tipos diferentes de animais carregam a bactéria e a maioria deles não apresentam nenhum sintoma da doença. A bactéria da leptospirose já foi encontrada em porcos, gado, cavalos, cães, roedores e animais selvagens, mas devido a proximidade com os humanos, os ratos são os principais responsáveis pela transmissão da doença. Os humanos são infectados através do contato com água, alimentos ou solo contendo urina de animais com leptospirose. Isso pode acontecer ao ingerir água ou comida infectada e através do contato da pele (especialmente nas superfícies mucosas com olhos e nariz, ou nas feridas). A leptospirose não é conhecida por se espalhar de pessoa para pessoa.

Os sintomas podem aparecer até 4 semanas após o contágio e se não for tratado rapidamente a recuperação da pessoa pode levar meses.



Prevenção?

O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido ao não nadar em águas que podem estar contaminadas com urina animal. Roupas e calçados que ofereçam boa proteção devem ser usados por aqueles expostos, em virtude do seu trabalho ou atividades, a água ou solo contaminado.




A dica é: Cuidem-se! Não entre em contato com as águas de enchente. A bactéria responsável pela transmissão da doença é um inimigo invisível, e todo cuidado é pouco! Caso o contato com a água for inevitável, use roupas e calçados que protejam seu corpo. E fique atento com você mesmo, se sentir alguns desses sintomas procure um serviço de saúde.


Veja mais em:
Leptospirose
Leptospirose, o que fazer?


Por, Aline Medeiros.


Dúvidas ou sugestões:
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Fórmulas manipuladas sem eficácia comprovada

E mais uma vez estamos falando sobre medicamentos para emagrecer. São de origem natural e feitos apenas em farmácias de manipulação.

Muitas pessoas costumam acreditar em tudo o que escutam, principalmente quando o assunto é emagrecimento rápido. Não caiam nessa lenda, milagre não existe. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou um alerta sobre esses medicamentos que não deveriam ser vendidos pois simplesmente não possuem sua eficácia comprovada, ou seja, o efeito tão esperado não é garantido e os efeitos indesejados podem aparecer mais rápido do que se imagina.
Um dos exemplos de emagrecedores fitoterápicos citados pelo Jornal Folha de S. Paulo é uma combinação de faseolamina (farinha de feijão-branco) e laranja amarga (Citrus aurantium) e a pholia magra (porangaba).


Portanto se você quer emagrecer em busca de um corpo bonito e saudável preste atenção em quais métodos você irá utilizar. Querer emagrecer não é fácil, mas a velha combinação de exercícios físicos e reeducação alimentar é o método mais eficaz e mais saudável para atingir o objetivo.


Por, Aline Medeiros.

Dúvidas ou sugestão de temas:

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

“É natural e não faz mal” Será?

Recebi um e-mail sobre o chá verde muito interessante. Quem me mandou foi a farmacêutica responsável pela vigilância sanitária no município de Palhoça, SC.

Em abril do ano passado fiz um post sobre “Emagrecimento Milagroso? Não existe” Nesse post eu falava sobre alguns chás, entre eles o chá verde, que é amplamente usado nessa época do ano por homens e mulheres que desejam emagrecer.

É comum ver várias matérias em jornais e revistas sobre o assunto, mas sempre falando o lado bom! Inclusive dizendo que além de ser diurético, estudos estão demonstrando um efeito positivo para o tratamento do Mal de Azheimer e outras doenças.



Enfim, esse e-mail tinha destaque sobre o perigo do chá verde.
Desde 2002 há vários estudos sobre o chá verde. E estes estudos estão demonstrando que ele é um perigo para o fígado. Isso mesmo, a substância ativa no chá verde (epilocatequina galato) é potencialmente hepatotóxica. Esses estudos também revelaram que não há evidências que comprovem a segurança do produto para consumo humano. Isso é muito importante! Nos últimos anos também relataram casos de problemas hepáticos podendo levar a hepatite fulminante e com isso a necessidade de um transplante no fígado, além de casos de pacientes que tiveram reações alérgicas ao chá.

Vamos deixar claro que isso pode acontecer, não quer dizer que todas as pessoas que fazem uso desse chá terão esse problema. O que gostaria que vocês entendessem é que pessoas que já possuem problema no fígado evitem o consumo de chá verde. E se você quiser tomar, cuide na quantidade, na duração do tratamento. Não deve ser tomado para sempre, como se fosse água. Ele contém uma substância ativa que é similar a um medicamento, com isso pode trazer efeitos benéficos ou prejudiciais – isso também serve para todos os chás, não apenas o chá verde.

Outro ponto importante: Fala-se muito em chá verde, mas há diversas variações como: chá branco, chá preto, chá vermelho. São todos feitos com a mesma planta, o que diferencia é o tempo de fermentação da folha. E toda essa observação estende-se para essas variações.

Então gente, cuidado quando tomar aquele chazinho. Não acreditem na história de que “é natural e não faz mal”. Procurem orientação de um farmacêutico ou médico. O chá verde é apenas um exemplo!

Por, Aline Medeiros.
efeitosaude@yahoo.com.br